Landscape and Architecture


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Xi'an World Horticultural Fair 2011













MAIS:



GUSTAV MAHLER 1911-2011

faz hoje 100 anos que morria um dos maiores compositores da história da Música
GUSTAV MAHLER
(7 Julho 1860 – 18 Maio 1911)

A primeira vez que ouvi Mahler foi através das transmissoes da RTP2 do ciclo de Malher por Bernstein com a Wiener Philharmoniker, impossivel agora dizer o ano mas faz de certeza mais de 15 anos sobre esta revelação...para sempre fiquei "addicted" à música de Mahler. A riqueza dos timbres, a força Orquestral, as subtilezas melodicas, uma música de extremos: da mais pura sonoridade cameristicas à potencia esmagadora dos "tutti orquestrais. Também a sua acidental relação com o mundo da Arquitectura, como a relação da sua esposa com o GRANDE WALTER GROPIUS (mestre e fundador da BAUHAUS) ou a "repescagem da sua musica por um dos maiores cineastas da historia VISCONTI em a Morte em Veneza foram motivos para a minha aproximação à música de Mahler

Quem me conhece sabe que nao gosto de definir favoritos, nem nos campos da Arte e muito menos na vida, mas ha figuras na história que nos esmagam pelo seu brilhantismo ou humanidade, desta forma nao receio aqui referir que Mahler é definitivamento um dos meu compositores favoritos, mais nao seja do periodo em que este desenvolveu a sua obra músical...




Mahler destacou-se antes de mais como um dos maiores Maestros do seu tempo, e a sua caracteritica forma de direcção orquestral ficou para sempre registada em vários "cartoons"

A musica de Mahler nao foi devidamente reconhecida no seu tempo, contudo seus pares (alguns destes) elogiaram e reconheceram a sua obra. Durante a segunda metade do seculo XX coube a grandes maestros ressuscitar a obra de Mahler com Leonard Bernstein ou Claudio Abbado entre outros

fica aqui uma breve viagem pelo universo sinfonico de Mahler, o género musical que este mais se dedicou ....

Sinfonia 1






sinfonia 2






sinfonia 3






sinfonia 4








sinfonia 5







Sinfonia 6







Symphony No. 8 in E-flat major by Gustav Mahler, known as the Symphony of a Thousand premiered in Munich on 12 September 1910. The work required a chorus of about 850, with an orchestra of 171

Sinfonia 7







Mahler Symphony no 8 in the Academy of Music, March, 2 1916 Estreia nos EUA Leopold Stokowski e a Philadelphia Orchestra


Sinfonia 8








Sinfonia 9






Das Lied Von der Erde





Sinfonia 10
(inacabada terminada por Deryck Cooke em 1960 para o centenário de Mahler a estreia mundial seria contudo apresentada nos BBC PROMS de 1964)









MAIS MAHLER:









Jardim e Chalet da Condessa d'Edla no Parque da Pena


D. Manuel mandou construir um Mosteiro, no cimo da Serra de Sintra dedicado a Nossa Senhora da Penha e entregue ao cargo da Ordem de S. Jerónimo, em 1503. Este fica destruído com o terramoto de 1755, e entra em declínio. Com a extinção das ordens religiosas em Portugal, em 1838, os monges são expulsos do Mosteiro, e este é comprado pelo Rei D. Fernando II, que planeia construir no mesmo local um Palácio inspirado nos grandes Palácios alemães, a sua terra natal. Este obra de D. Fernando II distingue-se pela exuberância, e pela magnitude, estendendo se por todo o Parque da Pena com a construção de um magnífico jardim.
Palácio da Pena, visto do miradouro da Rainha no Parque da Pena.

Depois da morte da sua esposa D. Maria II, o Rei D. Fernando II, apaixona-se por Elise Hensler, em 1860, ao ir, ao Teatro de S. Carlos, ver a ópera “Um Baile de Mascaras”, onde esta fazia o Pajem “Oscar”. Em 1869, casam-se e Elise Hensler ganha o título de Condessa d’Edla concedido pelo Príncipe Ernesto II, primo de D. Fernando.

Condessa d'Edla

O casal, entre 1869 e 1875, constrói na parte Oeste do Parque da Pena, um Chalet, com inspirações Alpinas e Norte Americanas com um jardim Romântico. Este Chalet constitui uma peça de composição do próprio jardim e foi construído para a realização de piqueniques e proporcionar fins de tarde bucólicos. Em 1885 D. Fernando morre vítima de um cancro, e a Condessa d’Edla herda todas as propriedades, incluído o Parque da Pena, o Castelo dos Mouros e a Quinta da Abelheira.

D. Fernando II e a Condessa d'Edla

Relação visual entre o Chalet da Condessa d'Edla, as Pedras do Chalet e o Palácio da Pena.

O que mais preocupava á família Real e á imprensa era o Palácio da Pena, tornando-se insustentável a sua transferência para as mãos da Condessa, e por isso as negociações entre o Estado e a Condessa duraram até ao reinado de D. Carlos, que resolveu estas negociações com a publicação da lei de 25 de Novembro de 1889, que autorizava o governo de José Luciano de Castro a comprar todos os bens imóveis pertencentes à Condessa. Assim estas propriedades passaram a ser do Estado português e no usufruto da família Real a 12 de Junho de 1890, pela quantia de 410 contos e setecentos mil reis em seis títulos de divida pública. Esta negociação directa com a Condessa d’Edla permitiu-lhe salvaguardar os direitos de usufruto de algumas parcelas do Parque da Pena que lhe eram mais queridas, como o Chalet e a Feteira da Condessa, até a data da sua morte ou até que ela decidisse prescindir destes direitos. A Condessa manteve o usufruto desta área até ao ano de 1903, que deixa de ir pela dificuldade de aguentar a viagem, por falta de saúde e velhice.

Durante o reinado de D. Carlos I, foram realizadas diversas plantações em todo o Parque da Pena. Após a implantação da república, à semelhança de muitas outras propriedades da Coroa, o Estado separa a tutela do Parque da dos edifícios, entregando o Parque da Pena aos Serviços Florestais e o Palácio ao cargo da Direcção Geral do Património do Estado até 1981, data em que passa a ser gerido pelo ex-Instituto Português do Património Cultural. O Parque sob as mãos dos Serviços Florestais foi incorporado nas Matas Nacionais, onde o responsável pela gestão era Oliveira Carvalho. Nesta altura, foram introduzidos muitos exemplares, tornando-se um dos mais notáveis arboretos da Europa, utilizado como local pedagógico, cientifico e de recreio. A 14 de Fevereiro de 1941, houve um ciclone que destruiu inúmeros exemplares arbóreos notáveis, em que as zonas mais afectadas do Parque foram a do Picadeiro, Jardim das Camélias, Feteira e Jardim da Condessa d’Edla. O Chalet, em grave estado de degradação e abandono, sofreu um incêndio, em 1999, que o destruiu completamente.

Chalet depois do incêndio de 1999.

Em 1981 foi criada a área de Paisagem Protegida de Sintra-Cascais e em 1994 a mesma área é reclassificada como Parque Natural, e a tutela passa a ser do Instituto de Conservação da Natureza do Ambiente e Recursos Naturais. Em 1995, Sintra é classificada como Paisagem Cultural Património da Humanidade pela UNESCO.

No ano 2000 é criada a empresa Parques de Sintra – Monte da Lua, S.A., para gerir algumas propriedades públicas, incluindo o Parque da Pena.

O Projecto de Restauro do Jardim da Condessa d'Edla e o Chalet da Condessa d'Edla foi possível graças a um financiamento de um mecanismo de financeiro europeu, EEA Grants. Este projecto teve início em 2007.

A primeira fase do projecto é constituída por trabalhos de preparação que envolveram a limpeza da vegetação, levantamentos topográficos e botânicos rigorosos e sondagem arqueológica. Estes trabalhos foram também acompanhados por uma pesquisa histórica aprofundada, pela identificação do sistema de captação e distribuição de águas original e pela avaliando do estado de conservação das estruturas construídas. Com estes levantamentos de campo, foi construída uma base de dados SIG, que foi utilizada como base para o projecto de restauro do jardim.

A segunda fase, a fase da proposta, teve como principal objectivo valorizar os aspectos históricos, ecológicos, botânicos, estéticos e funcionais do jardim para que se aproxime, o mais possível, da morfologia e ambiência vivida no tempo do Rei D. Fernando e da Condessa d’Edla. Todo o projecto foi realizado pela equipa técnica da empresa Parques de Sintra - Monte da Lua S.A., com o apoio de consultores e outras empresas. As principais preocupações deste projecto foram aumentar a capacidade de carga de alguns caminhos e a aplicação de pavimentos semelhantes aos originais, o restauro dos elementos construídos, recorrendo a materiais originais, como a aplicação de argamassas semelhantes às existentes. No que diz respeito á vegetação, procedeu-se a acções de limpeza e podas de condução e também a planos de plantação, utilizando o elenco botânico original do jardim, baseada numa pesquisa de recibos de compra de plantas em 1866 pela Condessa d’Edla e também em listagens de plantas em voga na segunda metade do séc. XIX.

A terceira, a fase de obra, teve início em 2009, com a inauguração do novo portão de acesso ao Chalet e Jardim da Condessa d’Edla. Foi também aberto o Centro de Apoio ao Projecto de recuperação do Chalet, que incluía uma sala de apresentação e outra de tratamento e restauro dos objectos salvados do incêndio do Chalet. Para apoio e acompanhamento do projecto a Casa do Guarda foi recuperada. A execução, propriamente dita teve início com a recuperação do sistema de captação, distribuição e armazenamento de águas recorrendo a técnicas e materiais originais. Posteriormente foi feita a recuperação da rede de caminhos e instalação do sistema de rega, em paralelo com os trabalhos de arboricultura e recuperação de vistas. Para finalizar seguiram-se os trabalhos de plantação e de preparação de abertura ao público.


Revestimento de cortiça na varanda do Chalet.


Construção dos caminhos no Jardim.


Restauro dos lagos do jardim, utilizando os materiais originais.

Plantações na envolvente do Chalet.

A sua abertura ao público é já nesta terça-feira dia 10 de Maio. Conto convosco para virem ver, uma das mais completas obras de recuperação de jardins históricos, feitas em Portugal e também para se deliciarem com a magia do Parque da Pena.


 
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